as crianças e os adolescentes, quando iniciam o atendimento no projeto, são inseridos nas oficinas pedagógicas. Os educandos são divididos por turmas de referência e, durante a semana, participam de todas as oficinas.

A partir desta inserção, os atendimentos sociais individuais, que podem acontecer por procura da criança ou do adolescente, passam também a ser realizados pelos educadores e, de acordo com as necessidades, podem ser encaminhados para o setor psicossocial. Os atendimentos psicoterapêuticos acontecem semanalmente e a cada três atendimentos o responsável é chamado para uma conversa.

Em paralelo, as ações do projeto com as crianças e os adolescentes e os encontros pedagógicos para estudo, reflexão, capacitação, planejamento e avaliação contam com a participação da comissão pedagógica da instituição. Nestes encontros, são realizados estudos de caso de crianças e adolescentes que apresentam comportamentos indicativos de sofrimento psíquico e violação de direitos.

O projeto também conta com processos formativos sobre autocuidado e saúde mental com a equipe do projeto. Além disso, há atendimentos sociais realizados pelo setor psicossocial junto aos familiares, duas vezes na semana durante o dia inteiro, que se estendem também para a comunidade local.

Os atendidos participam de encontros e atividades em grupo para abordagem de conteúdos relacionados aos direitos das crianças e dos adolescentes e às competências familiares. Durante as ações, são vivenciados momentos de autocuidado e prevenção à saúde mental.

Os princípios da Casa Pequeno Davi que levam à melhoria da saúde mental são alguns daqueles recomendados para a atenção básica de saúde, como acolhimento, fortalecimento do vínculo e da responsabilização, integralidade e intersetorialidade, além da construção do pensamento crítico, da criatividade e dos valores da empatia e do respeito.

O trabalho mais direto da área psicossocial da organização é desenvolvido com a atuação do profissional de psicologia em concordância com a missão institucional, visando a promoção da saúde e qualidade de vida das coletividades por meio de uma postura ético-política crítica e perspectiva de transformação social.

Para maior inclusão, são priorizados os trabalhos em grupo, mas sem deixar de lado o olhar sobre a linguagem, as representações da realidade, as identidades, as relações sociais, as emoções, os afetos e as subjetividades. Promove-se assim um movimento dinâmico de intervenções que favorecem o desenvolvimento da consciência crítica, das relações solidárias e da autonomia dos grupos comunitários.